No artigo anterior, mostramos um pouco do significado do Domingo de Ramos. Como foi dito, este domingo abre a Semana Santa, então, nada mais justo que explicarmos um pouco sobre o significado do Tríduo Pascal. Vamos lá?
O Tríduo Pascal é a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa é centro da liturgia cristã, de onde emana todo o sentido de celebrarmos a liturgia do Santo Sacrifício da Missa.
Celebrar o esta liturgia, que se inicia na quinta-feira santa e se encerra com a Páscoa do Senhor, é celebrar a obra redentora de Deus para a humanidade, a vitória da Luz sobre as Trevas, da Vida sobre a Morte.
No início do século IV já se percebia um modelo organizado de tríduo pascal, que santo Agostinho recomendava vivamente a seus fieis. A principio, o tríduo era formado pela Sexta-feira da Paixão, o Sábado e o Domingo. Somente no final do século VII que o tríduo passa a se iniciar com a Quinta-feira Santa (modelo que seguimos atualmente), passando pela sexta-feira da paixão e o Sábado - incluindo a vigília Pascal.
Depois desta breve introdução, vamos conhecer o significado litúrgico de cada dia para a celebração do Tríduo Pascal.
Quinta-feira Santa
Nesta missa, recordamos a última ceia de Jesus com os seus discípulos.
Jesus celebra com os seus a ceia judaica, a comemoração da passagem de Israel pelo Mar Vermelho. Neste dia, Jesus inaugura a Nova Páscoa, a da aliança eterna de um Deus que se faz presente até os dias atuais pelo Seu corpo e Seu sangue que se imola nos altares da Santa Igreja espalhada pelo mundo todo.
Nesta celebração Eucarística, a Igreja também celebra a instituição do Sacerdócio. Quando o sacerdote, na celebração dos sacramentos, celebra a transubstanciação, o faz em cumprimento da ordem deixada por Jesus Cristo quando diz "fazei isto em memória de mim". O padre (aqui se inclui também os bispos, arcebispos, cardeais, enfim, todos aqueles que são constituídos em ministério e que podem presidir o sacramento da Eucaristia) age In Persona Christi - na pessoa de Cristo.
Sexta Feira da Paixão
Recordamos o plano salvífico que passa pela cruz. A celebração da paixão e morte de nosso senhor Jesus Cristo tem um ar fúnebre. Não se canta para acolher a procissão, o altar desnudo mostra o quanto a igreja agoniza a morte de Jesus. A adoração da cruz mostra que a nossa salvação só tem sentido pleno por que Jesus se deu em oblação pelos nossos pecado. Adoramos à cruz, como símbolo de nossa salvação e ao crucificado, que é o nosso salvador!
Sábado de Aleluia - a Vigília Pascal
Contamos com documentos do inicio do século III, que apresentam alguns elementos desta celebração, tais como: jejum, oração, eucaristia - e até batismo, com a bênção da "fonte batismal". vão-se acrescentando depois novos elementos: o canto Exulte, que se vê documentado no século IV e a bênção do círio pascal, no século V. Pouco a pouco, foi-se enriquecendo esta última, que deve se "a celebração das celebrações" para o cristão, e a que Santo Agostinho denominava "Mãe de todas as vigílias". Assim ouvimos com alegria: "Cristo Ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos"! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida se levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição!
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